Assassinato de líder comunitária Nicinha completa quatro anos

Foto: Joca Madruga

Nilce de Souza Magalhães ou Nicinha, como era conhecida no Distrito de Abunã (Porto Velho – RO), lutava pelo reconhecimento dos impactos causados pela hidrelétrica de Jirau em sua comunidade, e pelos direitos dos pescadores atingidos pelas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio.

Assassinada no dia 07 de janeiro de 2016, seu corpo foi encontrado apenas cinco meses depois, e os acusados de seu assassinato julgados em 2017. Os advogados de  Edione Pessoa da Silva sustentaram que a motivação teria sido pessoal, porém a justificativa não convenceu os moradores de Abunã nem outros grupos de defesa a atingidos por barragens. Segundo a nota da organização Terra Sem Males, “até hoje não sabemos a motivação do crime e os acusados seguem recorrendo nas instâncias superiores sem sabermos quem paga os serviços de advocacia”.

Eles ainda afirma que “se a Justiça não tem dado respostas suficientes para a elucidação do assassinato, também não tem contribuído na solução do passivo socioambiental na comunidade onde Nicinha vivia”. Isso porque, desde 2015, os moradores de Abunã aguardam o consórcio Energia Sustentável do Brasil (ESBR) realocar quem se encontra em local de risco, conforme determinou a Agência Nacional de Águas (ANA). Uma ação na Justiça Federal determinou que a empresa atenda às condições da agencia reguladora. Os pescadores do distrito, que fica na capital rondoniense, Porto Velho, também aguardam que a Justiça Federal decida sobre a ação civil pública solicitada pelo Ministério Público em defesa das famílias de pescadores de Abunã.

Fonte: Terra sem males


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