Servidoras/es do Paraná vencem a primeira batalha pela previdência

O funcionalismo estadual do Paraná unido promoveu mais um dia histórico nesse dia 3 de dezembro. Depois de uma caminhada que reuniu milhares no centro da Capital, as/os manifestantes ocuparam a Assembleia Legislativa, onde a PEC 16/2019, a chamada PEC do Rato, está em tramitação. Nem mesmo a truculência dos policiais foi capaz de conter a revolta popular.

O dia começou com a interação das diversas categorias do funcionalismo na Praça 19 de dezembro. Servidoras/es de todo o Estado vieram a Curitiba dizer NÃO aos planos do governador, Ratinho Júnior, de aumentar o desconto previdenciário e dificultar a aposentadoria. Com 20% de arrocho salarial, a perda de mais 3% do salário seria terrível para o funcionalismo.

A caminhada percorreu toda a Avenida Cândido de Abreu. Com faixas, cartazes, bandeiras, música e muitos gritos de guerra, as/os presentes explicaram à população o que está em jogo. Já no Palácio Iguaçu, o microfone foi aberto para que as diversas entidades pudessem falar da sua realidade e mandar o recado.

Sessão – No período da tarde é que o clima esquentou. Sabendo da tramitação da PEC do Rato, as/os servidoras/es exigiram o direito de participar da sessão parlamentar na Assembleia Legislativa – Alep. O presidente da Casa, Ademar Traiano, decidiu então que apenas 250 pessoas poderiam acompanhar. Foi o suficiente para inflar a multidão.

Centenas de policiais Militares, inclusive o Batalhão de Choque da Polícia Militar estavam dentro da Alep para tentar evitar que o povo entrasse. Por diversas vezes foi jogado spray de pimenta contra os manifestantes e várias pessoas foram feridas por   golpes de cassetete. Ainda assim, as/os manifestantes conseguiram entrar e interromper a sessão.

Traiano até tentou dar continuidade aos debates. Mas não teve como. Ao contrário do que ocorreu em 29 de abril de 2015, dessa vez “as bombas eram ali dentro”, e ele tratou de fugir da ira do pessoal. O funcionalismo segue ocupando as galerias da Alep. A ideia é impedir que a PEC seja votada na sessão desta quarta-feira, 4/12.

Texto e fotos: Marcio Mittelbach/ SindSaúde-PR


Deixar um comentário