Professores decidem nesta segunda se permanecem em greve em Goiás

notice

Os trabalhadores e trabalhadoras em Educação da rede estadual em Goiás decidirão nesta segunda-feira (8), em assembleia marcada para as 15 horas, em frente ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira, na Praça Cívica, em Goiânia, se continuarão a greve deflagrada no último dia 03. Em participação ao vivo na Rádio Trabalhador (RT), a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, declarou que o governador Ronaldo Caiado (DEM) não cumpriu o compromisso firmado com a entidade e mais de 40% da categoria ainda não recebeu o salário de dezembro de 2018 e nem o 13º Salário.

“O governo acenou com o pagamento parcelado em quatro vezes, agora cabe à categoria decidir se aceita essa proposta ou permanece em greve para forçar a quitação dos atrasados”, salientou Bia.

Outra categoria que está insatisfeita e ameça paralisação é a da Saúde. Nesta segunda-feira uma comissão do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde) reuniu-se com a administração do município de Senador Canedo. A perspectiva é de deflagrar greve a partir de quinta-feira (11), se o prefeito Divino Lemes (PSD) não atender às reivindicações dos servidores e servidoras, tais como a aprovação do adicional por tempo de serviço, pagamento da Data Base e da produtividade.

Também em participação ao vivo no programa Antena Ligada da RT, a diretora do sindicato Irani Tranqueira informou que nesta terça-feira (9) haverá assembleia na sede do Sindsaúde (Rua 26, nº 411, Setor Santo Antônio), desta vez voltada para os servidores e servidoras de Aparecida de Goiânia. Será às 8h30 e a pauta é o cumprimento do Plano de Carreira e o reajuste salarial do pessoal de nível superior, entre outros tópicos.

Reforma da Previdência

MAÍSA LIMAMaísa Lima
João Pires e Fernando Mota, do Sint-Ifes, criticaram medidas do governo 

Os convidados desta segunda do Antena Ligada foram os diretores do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-Ifes) João Pires e Fernando Mota, que demonstraram profunda preocupação com a Reforma da Previdência pretendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Ao criar a capitalização, o trabalhador só receberá aquilo que ele próprio pagar, sem falar do fim da vinculação da aposentadoria ao aumento do salário mínimo”, criticou João Pires.

“Se a reforma fosse boa, o governo não precisaria gastar milhões em propaganda para convencer a população. Estão querendo lavar as mãos sobre a responsabilidade com a aposentadoria dos trabalhadores brasileiros e favorecer os banqueiros”, declarou Mota, que também falou sobre a redução de R$ 6 bilhões no orçamento do Ministério da Educação (MEC). “Isso significa mais arrocho nos recursos para pesquisa e até mesmo para o custeio da manutenção das universidades e institutos federais”.


Deixar um comentário