Livro reportagem aborda a mobilidade urbana em Goiânia

Por Maísa Lima

Neste sábado (18), às 18 horas, será lançado em Goiânia (GO) – Coletivo Centopeia, Avenida Cora Coralina, nº 140, Setor Sul – o livro reportagem Um pouco de ar, por favor! Crônicas e reportagens sobre o transporte público de Goiânia. Trata-se do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dos jornalistas recém formados pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) João Moreno e Victor Rodrigues. A pesquisa virou livro graças a financiamento da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e está sendo distribuído gratuitamente.

“Procuramos apresentar soluções para a realidade que atinge milhares de pessoas, principamente as mais pobres. Queremos demonstrar que a solução é política”, assinala João, que também no sábado fará a palestra, no mesmo Coletivo Centopeia, O que deixamos de falar quando falamos da qualidade do transporte público de Goiânia?

Os autores esperam que o livro ajude a qualificar o debate público sobre mobilidade e dê aos usuários do transporte coletivo de Goiânia subsídios para reivindicar melhorias no serviço. “O cidadão precisa estar a par do funcionamento do sistema. É o primeiro passo para a mudança”, pontuam.

Individual x coletivo

Os deslocamentos e a circulação de pessoas em Goiânia não fogem à regra das demais capitais brasileiras: a opção pelo transporte particular motorizado em detrimento do transporte público coletivo criou um trânsito caótico e excludente. Dos 15 corredores exclusivos previstos no Plano Diretor de Goiânia – Campus UFG; Anhanguera; Goiás BRT Norte-Sul; Leste – Oeste; Marginal Leste; Mutirão; Noroeste; Perimetral Oeste; Pio XII; Santa Maria; Avenida T-7; Avenida T-8; Avenida T-9; Avenida T-63; e corredor da Avenida 85, somente 5  foram construídos nas Avenidas Anhanguera, Goiás, Goiás Norte, Avenida 84 e Rua 90.

“O transporte público é uma engrenagem: a qualidade (ou precariedade) dele é resultado de arranjos institucionais, ação política (ou a falta dela) e contexto histórico. Ele não pode ser pensado sem levar em consdieração demanda, moradia, trânsito, deslocamentos diários, taxa de motorização individual e disputa por espaço nas vias”, enumera João Moreno.

Sem espaço para circular, o transporte coletivo torna-se mais lento e mais caro e se as pessoas continuarem fazendo opção pelo transporte individual, como vem ocorrendo, inclusive com o endividamento para a compra de carro ou moto, a tendência é que a tarifa continue aumentando. “A quantidade de ônibus disponíveis em Goiânia seria suficiente se cada ônibus fizesse, em média, dez viagens por dia, mas hoje, devido ao trânsito, só faz quatro. Isso implica na necessidade de adquirir mais veículos para atender à demanda, aumentando, assim, o valor da passagem”, exemplifica.

 

SERVIÇO

Lançamento do livro reportagem Um pouco de ar, por favor! Crônicas e reportagens sobre o transporte público de Goiânia

Onde: Coletivo Centopeia, Avenida Cora Coralina, nº 140, Setor Sul, Goiânia

Quando: Sábado (18/01), às 18 horas


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