Sindicalistas da Guyana Francesa promoveram encontro de apoio aos brasileiros que sofreram mais um ataque do governo Bolsonaro as universidades e sindicatos

Publicado no SINDSEP/AP

Por Marly Tavares
Ascom/Sindsep-AP
Colaboração: Eduardo Matheus Sales Cantão (Menor Aprendiz)

O Sindsep Amapá, recebeu do FSU Guyane mensagem de apoio às manifestações do dia 15 de maio contra os cortes as universidades e a reforma da previdência. A Direção Colegiada, representada por Hedoelson Uchôa, secretário-geral, vem a público agradecer em nome da classe trabalhadora e estudantil aos companheiros guianenses que se manifestaram no dia 18 de maio, em frente ao consulado do Brasil em Caiena, em apoio aos vizinhos fronteiriços, nós brasileiros, o que reafirma que trabalhador é trabalhador em qualquer lugar do mundo e nossa solidariedade deve ser sempre recíproca. Aos nossos vizinhos guianenses, muito obrigado.

Acompanhe a matéria enviada pelos guianenses traduzida na integra:

Sindicalistas da Guyana Francesa promoveram encontro de apoio aos brasileiros que sofreram mais um ataque do governo Bolsonaro as universidades e sindicatos

“UNIVERSIDADE – SOLIDARIEDADE COM NOSSOS CAMARADAS BRASILEIROS”

Segunda 27 de maio de 2019 / De: COLLECTIF

“O presidente Bolsonaro repetiu nas últimas semanas os ataques contra as universidades do Brasil: a remoção de fundos federais destinados às faculdades de Filosofia e Sociologia para transferi-los para disciplinas supostamente mais úteis – engenharia, medicina, estudos veterinários; redução dos orçamentos das Universidades Federais da Bahia (UFBA), Rio de Janeiro (UFRJ) e Brasília (UNBA), porque eles são “fontes de desordem’’ por causa do ativismo progressivo de suas comunidades universitárias; remoção de bolsas de mestrado para obter economias orçamentárias.

Essa política mortal é parte da deriva reacionária e fascista que nossa organização rejeita como um todo. Por oferecerem caminhos individuais e coletivos de emancipação, as ciências humanas são as primeiras vítimas desses fanáticos do neoliberalismo. Por estarem na vanguarda do movimento social e da resistência a reação, as comunidades universitárias são alvos privilegiados, sem outras armas além da inteligência.

Afirmando que o Brasil e Deus devem ser “acima de tudo”, Bolsonaro coloca sua presidência ao contrário dos valores que ligam todo o mundo acadêmico: a busca da verdade e da justiça, o desenvolvimento altruísta do conhecimento humano, o conhecimento a serviço do progresso, da liberdade e da igualdade entre os homens.

Nossas organizações afirmam solidariedade com os colegas, estudantes, trabalhadores do ensino superior de nossos vizinhos e amigos brasileiros e proclamam seu compromisso inabalável com os valores da igualdade, universalidade e liberdade que são a própria identidade da Universidade.

Reafirmamos fortemente o princípio da igualdade entre as disciplinas: a Sociologia e a Filosofia contribuem tanto para as sociedades quanto para as ciências experimentais. Além disso, que futuro podemos imaginar para a pesquisa fundamental em matemática ou física com tais suposições? A universidade não é uma unidade de produção: está a serviço da humanidade, não do capitalismo financeiro.

Estamos alertando vigorosamente o público na Guiana e na França. Os fundamentos ideológicos que motivaram o Presidente Bolsonaro são muito bem conhecidos em nosso país.

Quando o governo propõe o dispositivo “Welcome to France” que multiplica por cinco taxas de inscrições para estudantes estrangeiros, quando se limita drasticamente o recrutamento pessoal quando se promove a mercantilização do conhecimento, limitando o financiamento público e incentiva o financiamento privado da pesquisa, atende ao imperativo contábil e ideológico na agenda das políticas neoliberais. Já a pesquisa básica está minada, logo os cursos de formação serão como o Brasil, condenados a desaparecer por ser em considerados inúteis.

No Brasil, na França e em outros lugares, essas políticas são perigos mortais para a educação e a pesquisa. Nossas organizações são e sempre estarão ao lado de militantes antifascistas.

SOLIDARIEDADE COM NOSSOS CAMARADAS BRASILEIROS!

Encontro de apoio em frente ao Consulado do Brasil sábado, 18 de maio às 11h”.

SNESUP-FSU
SNES-FSU
SUD éducation Guyane
SNASUB-FSU
Le 15 mai 2019

Sindicalistas da Guyana Francesa promoveram encontro de apoio aos brasileiros que sofreram mais um ataque do governo Bolsonaro as universidades e sindicatos

“MOBILIZAÇÃO DE APOIO ÀS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS”

“Uma união de educação intersindical liderada pela FSU Snes foi mobilizada no sábado de manhã em frente ao consulado do Brasil, em Caiena, para mostrar apoio às universidades brasileiras, ameaçadas por cortes orçamentários”

Por Angélique Gross

Para reduzir o orçamento das universidades de 0% e o da educação de 5%, é o projeto do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, e o gatilho de um movimento nacional de greve no país quarta-feira.

Mais de um milhão de pessoas ocuparam as ruas. É por essa razão e em apoio aos seus companheiros brasileiros que cerca de trinta manifestantes se encontraram na manhã de sábado em frente ao consulado do Brasil, em Caiena.

Um ataque às universidades e seus princípio

Bolsonaro prevê, nomeadamente, a abolição dos fundos atribuídos a Filosofia e Sociologia o motivo seria que eles causam desordem, e isso nos toca profundamente porque temos muita parceria com as universidades brasileiras e, especialmente com as ciências humanas com o campus Macapá e ligação de Oiapoque puseram em perigo o trabalho de nossos alunos, Samuel Tracol, da Sness-FSU unidos intersindicalmente com a Snesup-FSU. Sud-educação e o Snasub FSU. O que está acontecendo no Brasil é uma diferença grega, mas não da natureza, com que está acontecendo na França; temos um congelamento da assinatura mais alta, enquanto temos um aumento no número de alunos.

Mais genericamente, os sindicatos denunciam um ataque contra a universidade e seus princípios de gratuidade e universalidade, enquanto Jair Bolsonaro também pretende abolir as bolsas de mestrado e doutorado. Essa política repercute na Guianna depois da mobilização de março na universidade contra o projeto “Welcome to France” (contra a França) e as prisões de estudantes estrangeiros.

Uma nova mobilização está marcada para o dia 30 de maio no Brasil. Os sindicatos planejam se organizar, mesmo que no sábado a estratégia estivesse em grande parte em reflexão.

Estudantes estrangeiros da universidade devem pagar taxas de inscrição

A partir de setembro, os estudantes não europeus terão que pagar 2.770 euros para se matricularem no programa universitário, comparados a 170 euros por ano, e 3.770 euros para mestrado, contra 243 euros. Este aumento não se aplica àqueles que iniciaram seus estudos na França. A universidade da Guiana conta com 23% dos estudantes estrangeiros, dos quais estão preocupados com esta reforma. Os sindicatos tiveram seus recursos tirados “A universidade tem o direito de isentar 10% de seus estudantes de despesas. Isto corresponde, com a unidade próxima, aos membros estudantes em questão, […] é uma escala transitória que foi executada depois do movimento e em colaboração com a presidência da universidade. Isto não durará longo tempo”. Samuel Tracol, de SNE-FSU”.


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