Pataxós atingidos pelo crime da Vale sofrem incendio crimonoso em MG

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Pataxós atingidos pelo crime da Vale sofrem incendio crimonoso em MG

Distrito de Macacos, de Nova Lima-MG, vive a incerteza da ameaça de rompimento de barragens da Vale. Foto: Joka Madruga/MAB

Durante esse final de semana, entre os dias 6 e 7 de julho, a tribo Pataxó do município de São Joaquim de Bicas, que já havia sido duramente atingida pelo rompimento criminoso da barragem da Vale em Brumadinho, foi alvo tiros de ameaça e incêndio criminoso.

Na tarde de sábado, a população foi surpreendida por um incêndio em sua aldeia Naô Xohã, que foi contida pela presença do Corpo de Bombeiros no local. Já na madrugada de domingo, por volta das 2 horas, cinco homens encapuzados entraram na aldeia dando tiros para o alto.

O Ministério Público foi acionado imediatamente, além do Corpo de Bombeiros e a Polícia Federal, que segue investigando o crime. O incêndio foi controlado e ninguém se feriu. A ação criminosa preocupa os moradores e a população da região atingida pelo crime da Vale, pela tentativa de ameaça e intimidação à comunidade pataxó

A aldeia Naô Xohã fica na fazenda que pertence à MMX, empresa de Eike Batista, ocupada pelo Movimento dos Sem Terra-MST desde julho de 2017 e dividido com os indígenas. De acordo com o movimento, o local estava abandonado depois de ter sofrido crimes ambientais devido à exploração mineral desordenada.

A área da aldeia é de aproximadamente 370 hectares quase totalmente cobertas por Mata Atlântica, com presença de flora e fauna silvestre. A Funai já está em contato com as lideranças indígenas locais para garantir o apoio.

O Movimento dos Atingidos por Barragens-MAB esteve com a população da aldeia em solidariedade. Reforçamos a importância de preservação do modo de vida tradicional dos Pataxós e seus territórios. Um crime de ameaça como esse não pode ficar impune!


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