O Movimento Unido dos Camelôs (MUCA) vem a público repudiar as recentes declarações do secretário municipal de Ordem Pública, sobre o uso de arma de fogo pela Guarda Municipal

NOTA OFICIAL
O Movimento Unido dos Camelôs (MUCA) vem a público repudiar as recentes declarações do secretário municipal de Ordem Pública, Gutemberg Fonseca, sobre o uso de arma de fogo pela  Guarda Municipal para reprimir os ambulantes ilegais sob o pretexto, segundo a matéria do Jornal O Dia (28/10/2019), de fazer uma “agenda para aumentar o ordenamento nas ruas da cidade”.
O MUCA entende que o melhor caminho nesse momento seria o prefeito Marcelo Crivella colocar em prática a Lei Municipal nº 6426/2018, que cria os depósitos públicos, como forma de combater a exploração dos trabalhadores informais. A polêmica do recadastramento é outra luta do movimento. A prefeitura anunciou que em janeiro “vai separar o joio do trigo” com a conclusão de um recadastramento. Isto significa que os camelôs que não forem selecionados serão considerados joio e deverão ser perseguidos, lançados aos cães da Guarda Municipal. Os critérios deste recadastramento precisam ser revistos, a informalidade cresceu assustadoramente com a crise e o aumento do desemprego. O camelô é trabalhador e precisa garantir o sustento de sua família. É assim que o governo vai cuidar das pessoas? O trabalho do ambulante não é uma questão de segurança pública e, portanto, defendemos que a Guarda Municipal fique fora desta fiscalização. Precisamos de depósitos públicos, que podem inclusive ter gestão de coletivos dos trabalhadores para guarda de mercadorias e outros equipamentos de trabalho. Também reivindicamos um recadastramento justo acompanhado por uma comissão eleita de camelôs.
O governo municipal deveria ter outro olhar sobre o mercado informal, dar outro tipo de tratamento e criar melhores condições de trabalho durante as grandes festas que ocorrem na cidade, por exemplo. Temos uma imensa gama de trabalhadores que atendem os eventos da cidade, seja no Maracanã, no Rock in Rio, Réveillon e, principalmente, no Carnaval. Na realidade, o que ocorre nesses eventos é que as grandes empresas são privilegiadas e os trabalhadores informais ficam sob uma série de regras e restrições impostas pela poder público que dificultam a possibilidade de atender bem os cidadãos e turistas.
O MUCA se coloca ao lado dos trabalhadores e se compromete na defesa intransigente de seus direitos para garantir o trabalho digno.
MUCA – Movimento Unido de Camelôs

Nota Oficial


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