Inscrições abertas para curso destinado a mulheres vítimas de violência em VV
Objetivo é ensinar educação financeira, além de disponibilizar atendimentos psicossociais
Estão abertas até o próximo dia sete as inscrições para a turma do projeto “Mulher Superando o Medo” no bairro Terra Vermelha, em Vila Velha. A iniciativa tem como público-alvo mulheres vítimas de violência doméstica. O objetivo é oferecer curso de educação financeira, além de disponibilizar atendimentos psicossociais, fazer levantamento das demandas psicológicas e encaminhamento para o Centro de Atendimento à Vida (Cav) e para o Centro de Referência Especializado em Atendimento à Mulher Vítima de Violência em Vila Velha (Cranvive).
As inscrições podem ser feitas pelo site www.institutowin.com.br/mulher ou pelo e-mail projetos@institutowin.com.br. A primeira turma foi concluída no dia 20 de fevereiro, na Assembleia de Deus de São Torquato. A outra começou nessa segunda-feira (2) e a próxima, em Terra Vermelha, terá início no próximo sábado (7). As aulas, semanais, acontecerão sempre aos sábados, nos dias sete, 14, 21 e 28 de março e quatro de abril, sempre das 8h às 12h.
As alunas receberão capacitação em educação financeira com ênfase no aumento da renda e terão o direito de uso de um aplicativo para orientação. Elas receberão mensagens motivadoras, além de terem acesso ao controle das finanças de forma prática. O app inclui, ainda, o botão do Disque-180, caso precisem fazer alguma denúncia, além de dicas de combate à violência. Entre os assuntos abordados ao longo do curso estão prevenção e combate à violência, apresentação dos serviços da rede pública de saúde, TPM (Treinamento de Inteligência Emocional), conceitos básicos de finanças, controles financeiros, introdução ao empreendedorismo, marketing pessoal, como elaborar um curriculum e atendimentos psicossociais.
O curso busca contribuir para a autonomia financeira da mulher que sofre violência doméstica. Segundo o Observatório Brasileiro de Segurança Pública, em 2019, 33 mulheres foram assassinadas no Espírito Santo. A maioria pelos próprios maridos (33%) ou companheiros (21%).
A juíza da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJES, Hermínia Maria Azoury, enfatizou a importância da parceria. “A nossa luta é incentivar mulheres. A presença de projetos como esse traz um upgrade para a vida pessoal e profissional de mulheres que sofrem com a violência doméstica. Muitas delas são dependentes dos algozes e ficam na inércia, sem se posicionarem por conta desta dependência afetiva e econômica dos provedores”, ressalta a juíza.
O projeto oferece tradução em Libras para mulheres surdas e conta com voluntários da área de recreação, que ficarão com os filhos das participantes durante as aulas, no mesmo local.
Mais informações pelos telefones (27) 99730-3300 e (27) 98115-5324.
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